segunda-feira, julho 31, 2006

Aniversários e Datas Comemorativas - Agosto


03 - Aniversário da Joana D'arc

15 - Dia de Nossa Senhora da Glória (Yemanjá no RJ)

16 - Dia de São Roque (Obaluayê)

24 - Dia de São Bartolomeu (Oxumarê)

sexta-feira, julho 28, 2006

Calendário do mês de Agosto/2006

4as feiras às 19:30h

02, 09, 16, 23, 30
- Irradiação / Passe / Corrente

Sábados às 15h

05
- Gira Mensal

12 – Consultas com os Pretos Velhos

19 - Gira Mensal em Inhoaíba

26 - Gira do sr Zé Pilintra, Exus e Pombogiras

Domingo às 15h

06
- Avaliação do Curso de Doutrina Umbandista

sexta-feira, julho 21, 2006

A Viagem...

Hoje, de algum lugar longe dessas terras
Há um doce olhar só pra você
Um olhar especial
De alguém especial, de distantes origens
Um olhar de um justo coração que pulsa só a vida
Que sorri porque ama plenamente
Sem julgamentos, preconceitos nem prisões
Hoje, como ontem, longe desses céus
Há um encantador olhar só pra você
Nesse olhar vai para você a magia da luz
A simplicidade do perdão
A força para comungar com a vida
A esperança de dias mais radiantes de paz
Hoje, de algum lugar dentro de você,
Alguém que já o amou muito e ainda o ama
Diz para você que valeu a pena ter estado nessas terras...
Sob estes céus...
Falando de união, paz, amor e perdão
Poder sentir a força que faz você sorrir
E continuar o caminho
Que um dia aquele doce olhar iniciou pra você
Tudo isso, só para você saber que
A VIDA CONTINUA...
E A MORTE É APENAS UMA VIAGEM.

quinta-feira, julho 20, 2006

13 de Agosto - Dia dos Pais

PATERNIDADE RESPONSÁVEL

- Quanto você ganha, papai?

Essa foi a pergunta que o filho de sete anos fez ao seu pai, homem de negócios com quem ele pouco convivia. Tragado pelos compromissos profissionais do dia-a-dia, quando chegava em casa era facilmente vencido pelo cansaço, e não sobrava tempo nem para um breve diálogo com o pequeno.

Os dias passavam, os meses se somavam e os anos se sucediam. Na vida daquele homem de negócios, a rotina era sempre a mesma. Chegar em casa exaurido, assistir o último telejornal e entregar-se ao repouso.

No dia seguinte as cenas se repetiam. O tempo passava tão rápido que ele nem cogitava de como estava crescendo seu menino. Não sabia quem eram seus professores, não conhecia os seus amigos, não sabia se o filho tinha alguma dificuldade na escola. Se era feliz ou não. Afinal, pensava, um empresário não pode perder tempo com coisas pequenas.

Numa noite, igual a tantas outras que já haviam passado, o homem de negócios foi abordado pelo filho com uma pergunta inesperada:

- Quanto você ganha, papai?

O pai imediatamente respondeu, como de costume, que já estava tarde e que não havia tempo para conversas.

O filho insistiu: "eu só quero saber quanto é que você ganha por hora, papai. Pode me responder, por favor?".

O pai, vencido pela insistência do garoto, respondeu sem pensar muito: "ganho dez reais por hora, agora vá para a cama".

O filho obedeceu e o pai foi tomar seu banho. Embaixo do chuveiro o industrial ficou pensando o porque daquela pergunta. "Será que o menino estava precisando de dinheiro?". Após o banho dirigiu-se ao quarto do filho, que ainda estava acordado, e lhe perguntou: "Filho, por acaso você está precisando de dinheiro?".

- Sim, papai. Na verdade preciso só de três reais.

- Ora, não seja por isso filho. Por que não falou antes?

Tirou o dinheiro do bolso e o entregou ao filho. O garotinho pegou as cédulas e, rapidamente, retirou algumas notas que estavam embaixo do travesseiro e juntou às demais dizendo:

- Agora já tenho o suficiente para comprar uma hora do seu tempo, papai. Já há algum tempo venho guardando esse dinheiro para poder pagar o seu tempo que é muito precioso, como o senhor mesmo diz. Tome os dez reais e converse comigo por uma hora. Uma hora inteirinha só para nós dois.

O pai sentiu como se uma lança incandescente lhe perfurasse a alma. Deu-se conta de como havia sido egoísta e displicente na sua posição de pai. Triunfara nos negócios e negligenciara na missão da paternidade.

É tempo de refletir em torno de como tem sido o nosso desempenho junto às almas que Deus nos confiou. Infelizmente ainda há muitos filhos órfãos de pais vivos. Infelizmente ainda há muitos pais que não se deram conta da grandeza da missão que é a paternidade. A paternidade responsável é missão grandiosa que não comporta demissão. Ser pai é estar atento todos os dias do ano, todos os dias da existência.

(FONTE: MOMENTO ESPÍRITA, com base em história de autoria desconhecida.)

quarta-feira, julho 19, 2006

Hino dos Orixás

Penso no dia que logo vai nascer
E o meu peito se enche de emoção
A esperança invade o meu ser
Eu sou feliz e gosto de viver

Pela beleza dos raios da manhã
Eu te saúdo Mamãe Iansã
Pela grandeza das ondas do mar
Me abençoe Mamãe Iemanjá

A mata virgem tem seu semeador
Ele é Oxóssi, Okê Okê Arô
Na cachoeira eu vou me refazer
Nas águas claras de Oxum Aieiêu

Se a injustiça faz guerra de poder
Valha a espada de Ogum Ogunhê
Não há doença que venha me vencer
Sou protegido de Obaluayê

Eu sou de paz mas sou um lutador
A minha Lei quem dita é Xangô
A alegria já tem inspiração
Na inocência de Cosme e Damião

Não tenho medo, vou ter medo de quê?
Tenho ao meu lado Nanã Buruquê
E essa Luz que vem de Oxalá
Tenho certeza vai me iluminar!

segunda-feira, julho 17, 2006

Yemanjá - Oxum - Sereias - Nereidas - Ondinas - Iaras - Umbanda

YEMANJÁ - Yà-omo-ejà (mãe cujos filhos são peixes). Filha do deus do mar Olokum (em algumas culturas, Olokum é um orixá feminino), Yemanjá encontra-se no curso dos rios e quando chega à foz, estaria encontrando com seu pai. A saudação “Odoyá” significa Odo – rio / Yá – mãe. Algumas de suas qualidades são Ogunté (esposa de Ogun Alagbede), Sesu (esposa de Orunmilá), Sobà (mensageira de Olokum), Iamassê (mãe de Xangô). É mãe da maioria dos Orixás e de todas as cabeças. No Brasil, é cultuada com a Rainha dos Mares, sendo um dos orixás mais populares. Há um itàn (lenda) que descreve como se originou os oceanos. Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e quis tomá-la à força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente Iemanjá resistiu à violência do filho que, na luta, dilacerou os seios da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu "caiu no mundo", desaparecendo no horizonte. Caída ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokum e ao criador Olorum. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como as lágrimas, foi saindo dando origem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros na corte.

OXUM - seu nome deriva do rio Osun, que corre na região nigeriana de Ijexá. Os iorubás acreditam haver 16 qualidades de Oxum que se relacionam cada qual a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos, enquanto as mais jovens respondem pelos mais rasos. Divindade das águas doces, é a padroeira da gestação e da fecundidade. Deusa do amor, da prosperidade e da beleza, em sua qualidade Ipondá é a mãe de Logunedé. É chamada de Senhora do Ouro.

SEREIAS - figuras míticas da tradição grega, descritas como "terríveis criaturas com cabeças e vozes de mulheres, mas com corpos de pássaros, que existiam com o propósito de atrair marinheiros para as rochas de sua ilha com doces canções". Elas figuram uma das mais célebres obras da literatura universal, a Odisséia de Homero, que relata a aventura do herói grego Ulisses em sua viagem de volta para casa após a guerra de Tróia. Estas deidades, que habitavam rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália, tiveram suas imagens corrompidas através dos tempos e da oralidade, chegando ao termo atualmente conhecido de "metade-mulher, metade-peixe". E as figuras com cabeça de mulher e corpo de pássaro se consolidaram com a denominação de “Hárpias”, e são citadas no poema épico Eneida de Virgílio.

NEREIDAS – cinqüenta ninfas marinhas gregas, filhas do deus Nereu, este filho do Oceano, todos deuses do mar que antecederam o reinado de Posseidon (Netuno romano). Chamam-se Deuses Titânicos, ou seja, são os mais primitivos, antecessores dos deuses Olímpicos, que eram comandados por Zeus (Júpiter romano). As nereidas salvavam os náufragos, ao contrário das sereias, que os atraíam para a morte.

ONDINAS – são as nove filhas dos temíveis deuses marinhos nórdicos (vikings) Aegir e Ran. Os marinheiros ofereciam sacrifícios a essas divindades a fim de apaziguá-las, para poderem velejar sem contratempos.

IARA – figura folclórica brasileira, habitante dos rios, onde vive a banhar-se entoando melodia irresistível que encanta os homens e os atrai para o fundo dos rios. É temida pelos índios.

O que toda esta referência mitológica tem a ver com a Umbanda? Sabemos que a Umbanda “acomoda” várias manifestações religiosas sob sua nomenclatura. Não absorvemos completamente os conceitos primitivos do culto afro, apenas temos as referências dos Orixás como elementos da Natureza e sob tais irradiações organizam-se falanges, legiões de espíritos afins a tais vibrações. Yemanjá comanda a linha do Povo d’Água, de limpeza e descarrego, onde Nanã e Oxum também regem. Para tornarem mais fácil a nossa compreensão, as entidades tomam para si os nomes de Sereias, Nereidas, Ondinas e Iaras para que possamos alcançar dentro de nosso entendimento a qual vibração pertencem, qual tipo de trabalho exercem. Janaína, Inaê, Guiomar entre outras, de modo algum são qualidades de orixá; tratam-se de eguns (espíritos desencarnados) que têm a mesma sintonia e se aglutinam sob o mesmo propósito.

Estas deidades mitológicas são obras da imaginação do homem, que humaniza a divindade para poder compreendê-la, dentro de seus parâmetros. Sabemos que como médiuns, captamos a influência de espíritos que como nós também foram humanos quando encarnados. Portanto, a impossibilidade de um ser humano ter cauda de peixe obriga-nos a observar com atenção às “incorporações” destas entidades, onde os médiuns ficam ao chão “batendo pernas”, se arrastando ou rolando. Doutrina mediúnica é importante neste momento. A maioria dos médiuns é consciente, e de um modo geral, a sua vontade prevalece ao lado da vibração da entidade. Cabe aos médiuns mais experientes “moldarem” os iniciantes, para que estes tipos de manifestações bizarras não se tornem um vício.

quinta-feira, julho 13, 2006

Tem que se dar por inteiro

Era uma vez um rapaz que tinha muitos problemas. Constantemente, em suas orações ele pedia que Jesus viesse visitá-lo no seu sofrimento. Um dia, Jesus bateu à sua porta e ele, maravilhado, convidou-o a entrar, e Jesus sentou-se no sofá da sala.

Na mesinha de centro, encontrava-se uma Bíblia aberta no Salmo 91. Numa das paredes, estava pendurado um bordado com o Salmo 23 e na outra um quadro da Santa Ceia.

“Senhor Jesus” – disse o jovem – “em primeiro lugar gostaria de dizer que é uma honra recebe-lo em minha casa, e conforme o Senhor deve saber, estou passando por algumas dificuldades e preciso muito da sua ajuda”.

“Filho,” - interrompeu Jesus – “antes de conversarmos sobre os seus pedidos, gostaria de conhecer sua casa. Onde é que você dorme”?

No mesmo instante o rapaz se lembrou que guardava no quarto umas revistas terríveis e se apressou em dar uma desculpa:

“Não Jesus, lá não! Meu quarto não está arrumado”!

Então Jesus falou: “Bem, e a cozinha, posso conhecer sua cozinha”?

O rapaz lembrou que na cozinha havia algumas garrafas de bebida que ele não gostaria que Jesus visse.

“Senhor, desculpe, mas prefiro que não” – respondeu o rapaz – “minha cozinha está vazia, não tem nada de bom para lhe oferecer”.

Neste instante, um barulho forte interrompe a conversa.

Era alguém que batia furiosamente na porta. O rapaz se levantou assustado e foi ver quem era. Abriu a porta meio assustado e viu que era o diabo.

“Sai da frente que eu quero entrar” - falou asperamente o tentador.

“De jeito nenhum” – respondeu o rapaz, e com muita dificuldade, conseguiu empurrar o diabo e fechar a porta.

Cansado, o rapaz voltou para a sala e continuou:

“Então, Jesus” – disse ele, “como eu estava falando com o Senhor, estou precisando de tantas coisas...”

Mais uma vez as batidas furiosas retornam, agora vindas da janela do quarto.

O rapaz correu para ver o que era e ao abrir, viu novamente o diabo.

“Agora não tem jeito, eu vou entrar” – disse o inimigo.

E mais uma vez o rapaz se debateu com ele e conseguiu fechar a a janela do quarto.

“Senhor” – disse ele voltando à sala – “desculpe a interrupção, mas conforme lhe dizia...”

Outra vez, agora nos fundos da casa, se ouviu um barulho, como se quisessem arrombar a porta. Vieram os gritos: “Eu quero entrar”!

O rapaz lutou com ele e conseguiu mantê-lo fora de casa.

Ao voltar disse: “não entendo, o Senhor está na minha casa e o diabo insiste em entrar”?

Jesus respondeu: “Sabe o que é, meu filho? É que da sua casa você só me deu a sala”.

O rapaz humildemente entendeu a lição de Jesus e fez uma limpeza imediata no interior da casa para entregá-la ao Senhor. Após a faxina, o diabo bateu mais uma vez à porta. O rapaz olhou para Jesus sem entender, quando Jesus disse: “Deixa que eu vou atender”.

Quando o diabo viu que era Jesus que estava naquela casa, disse: “Desculpe, foi engano” e saiu rápido, desaparecendo.

Muitas vezes, é assim que acontece com o nosso coração, que deve ser a casa de Jesus. Mas inadvertidamente, entregamos a Ele só uma parte de nossa casa espiritual, ou seja, apenas a sala, que é o local das aparências. Ficando os nossos interiores que são o quarto com suas dúvidas, a cozinha em seus descasos, o banheiro, o quintal e a varanda com seus medos. Então lutamos contra os visitantes que querem habitar aqueles locais que lhes são propícios para o desenvolvimento de suas ações.

Infelizmente, a maioria de nós entrega ai Senhor apenas parte da propriedade que deveria ser totalmente Dele, que é o nosso coração.

Não esqueçam do que nos disse o Mestre: O Pai habita em vós. Tu é a casa de Deus. Os olhos do Pai passeiam por toda a Terra e todo o Universo para se mostrar forte e defender a casa daqueles cujo coração é inteiramente Seu.

(FONTE: JORNAL ESOTERA - MAIO DE 2004)

quarta-feira, julho 12, 2006

Oração nossa

Senhor, ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho;
A dar sem olhar a quem;
A servir sem perguntar "até quando?";
A sofrer, sem magoar, seja quem for;
A progredir sem perder a simplicidade;
A semear o bem sem pensar nos resultados;
A desculpar sem condições;
A marchar para frente sem contar os obstáculos;
A ver sem malícia;
A escutar sem corromper os assuntos;
A compreender o próximo sem exigir entendimento;
A respeitar os semelhantes sem reclamar consideração;
A dar o melhor de nós além da execução do próprio dever
Sem cobrar taxas de reconhecimento;
Senhor, fortalece em nós
A paciência para com as dificuldades dos outros
Assim como precisamos do paciência dos outros
Para com as nossas próprias dificuldades.
Ajuda-nos para que a ninguém façamos
Aquilo que não desejamos para nós.
Auxilia-nos, sobretudo,
A reconhecer que a nossa felicidade mais alta
Será invariavelmente aquela de cumprir-te os desígnios
Onde e como queiras
Hoje, agora e sempre.


(Emmanuel - pelo médium Francisco Cândido Xavier)

sábado, julho 08, 2006

20 de Julho - Dia do Amigo

No mural de avisos da empresa, alguém colocou um papel escrito em letras grandes, que dizia: "PROCURA-SE UM AMIGO".

Não precisa ser homem, basta ser humano, ter sentimento, ter coração. Precisa saber falar e saber calar no momento certo; sobretudo, saber ouvir.

Deve gostar de poesia, da madrugada, de pássaros, do sol, da lua, do canto dos ventos e do murmúrio das brisas.

Deve sentir amor, um grande amor por alguém, ou sentir falta de não tê-lo.

Deve amar o próximo e respeitar a dor alheia. Deve guardar segredo sem sacrifício.

Não precisa ser puro, nem totalmente impuro, porém, não deve ser vulgar.

Deve ter um ideal e sentir medo de perdê-lo; se não for assim, deve perceber o grande vazio que isso deixa.

Precisa ter qualidades humanas; sua principal meta deve ser a de ser amigo; deve sentir piedade pelas pessoas tristes e compreender a solidão.

Que ele goste de crianças e lastime as que não puderam nascer e as que não puderam viver. Que goste dos mesmos gostos; que se emocione quando chamado de amigo; que saiba conversar sobre coisas simples e de recordações da infância.

Precisa-se de um amigo para se contar o que se viu de belo e triste durante o dia, das realizações, dos sonhos e da realidade.

Deve gostar de ruas desertas, de poças d’água, de beira de estrada, do cheiro da chuva e de se deitar no capim orvalhado.

Precisa-se de um amigo que diga que a vida vale a pena, não porque é bela, mas porque já se tem um amigo.

Precisa-se de um amigo para não se chorar, para não se viver debruçado no passado.

Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo. Precisa-se de um amigo que creia em nós.

Precisa-se de um amigo para se ter consciência de que ainda se vive.

Há, no mundo moderno, muita falta de amizade. O egoísmo afasta as pessoas e as isola. Contudo, não se pode viver sem amigos. Eles são a aragem branda no deserto das dificuldades. São eles que nos oferecem o coração que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida. Sustentam-nos na fraqueza e nos libertam nos momentos de dor. Quando a discórdia nos atinge, são eles que estendem os recursos da amizade leal, confortando-nos a alma. Discretos, os amigos se apagam para que brilhem aqueles a quem se afeiçoam.

A amizade é o sentimento que imanta as almas umas às outras, gerando alegria e bem-estar. É suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção. Portadora de paz e alegria, a amizade é presença fundamental nos amores de profundidade. Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, os laços da união não se rompem, se existe amizade. E, quando os impulsos sexuais do amor passam, a amizade fica, porque as suas raízes se encontram firmadas no afeto seguro, nas terras da alma.

(FONTE: Momentos de Luz – volume 1 – pág. 56 / Momentos de Esperança, cap. 9)

Amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves,
Dentro do coração,
Assim falava a canção que na América ouvi...
Mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com o seu canto que o outro lembrou
E quem voou no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou.
Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito,
Mesmo que o tempo e a distância digam não,
Mesmo esquecendo a canção...
O que importa é ouvir a voz que vem do coração.
Pois seja o que vier... Venha o que vier...
Qualquer dia amigo eu volto pra te encontrar
Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar.

terça-feira, julho 04, 2006

Lenda das Lágrimas

Contam as lendas que, quando o Criador concluiu a sua obra, dividiu-a em departamentos e os confiou aos cuidados dos Anjos. Após algum tempo, o Todo Poderoso resolveu fazer uma avaliação da sua criação e convocou os servidores para uma reunião.

O primeiro a falar foi o Anjo das luzes. Postou-se respeitosamente diante do Criador e lhe falou com entusiasmo:

"Senhor, todas as claridades que criastes para a Terra continuam refletindo as bênçãos da sua misericórdia. O Sol ilumina os dias terrenos com os resplendores divinos, vitalizando todas as coisas da natureza e repartindo com elas o seu calor e a sua energia."

Deus abençoou o Anjo das luzes, concedendo-lhe a faculdade de multiplicá-las na face do mundo.

Depois foi a vez do Anjo da terra e das águas, que exclamou com alegria:

"Senhor, sobre o mundo que criastes, a terra continua alimentando fartamente todas as criaturas; todos os reinos da natureza retiram dela os tesouros sagrados da vida. E as águas, que parecem constituir o sangue bendito da sua obra terrena, circulam no seio imenso, cantando as suas glórias."

O Criador agradeceu as palavras do servidor fiel, abençoando-lhe os trabalhos. Em seguida, falou radiante, o Anjo das árvores e das flores.

"Senhor, a missão que concedestes aos vegetais da Terra vem sendo cumprida com sublime dedicação. As árvores oferecem sua sombra, seus frutos e utilidades a todas as criaturas, como braços misericordiosos do vosso amor paternal, estendidos sobre o solo do planeta."

Logo após falou o Anjo dos animais, apresentando a Deus seu relato sincero.

"Os animais terrestres, Senhor, sabem respeitar as suas leis e acatar a sua vontade. Todos têm a sua missão a cumprir, e alguns se colocam ao lado do homem, para ajudá-lo. As aves enfeitam os ares e alegram a todos com suas melodias admiráveis, louvando a sabedoria do seu Criador."

Deus, jubiloso, abençoou seu mensageiro, derramando-lhe vibrações de agradecimento.

Foi quando, então, chegou a vez do Anjo dos homens. Angustiado e cabisbaixo, provocando a admiração dos demais, exclamou com tristeza:

"Senhor, ai de mim! Enquanto meus companheiros falam da grandeza com que são executados seus decretos na face da Terra, não posso afirmar o mesmo dos homens... Os seres humanos se perdem num labirinto formado por eles mesmos. Dentro do seu livre-arbítrio criam todos os motivos de infelicidade. Inventaram a chamada propriedade sobre os bens que Lhe pertencem inteiramente, e dão curso ao egoísmo e a ambição pelo domínio e pela posse. Esqueceram-se totalmente do seu Criador e vivem se digladiando."

Deus, percebendo que o Anjo não conseguia mais falar porque sua voz estava embargada pelas lágrimas, falou docemente: "Essa situação será remediada".

Alçou as mãos generosas e fez nascer, ali mesmo no céu, um curso de águas cristalinas e, enchendo um cântaro com essas pérolas líquidas, entregou-o ao servidor, dizendo:

"Volta à Terra e derrama no coração de meus filhos este líquido celeste a que chamarás água das lágrimas... Seu gosto é amargo, mas tem a propriedade de fazer que os homens me recordem, lembrando-se da minha misericórdia paternal. Se eles sofrem e se desesperam pela posse passageira das coisas da Terra, é porque me esqueceram, esquecendo sua origem divina."

... e desde esse dia o Anjo dos homens derrama na alma atormentada e aflita da humanidade, a água bendita das lágrimas remissoras.

A lenda encerra uma grande verdade: cada criatura humana, no momento dos seus prantos e amarguras, recorda, instintivamente, a paternidade de Deus e as alvoradas divinas da vida espiritual.

(FONTE : Livro "Crônicas de além-túmulo", cap. 22)