Obatalá, o Senhor do Pano Branco, aprendeu com Orunmilá a arte da adivinhação. Aprendeu o oráculo dos obis e dos búzios. A adivinhação com o opelê, contudo, Orunmilá jamais ensinou para ninguém. Só os babalawo podem jogar com o opelê, a cadeia de Ifá.
Mas muitas pessoas queriam aprender com Obatalá a arte de ler o destino nos búzios. Obatalá dizia que seu conhecimento era resultado da confiança que Orunmilá depositara nele e portanto negava-se a passar adiante essa arte.
Entre os que queriam tal conhecimento estava Oxum, a bonita esposa de Xangô. Oxum pediu muitas vezes para Obatalá ensinar-lhe o conhecimento de Ifá. Mesmo estando muito atraído pela bela Oxum, Obatalá recusou-se a ensiná-la.
Um dia Obatalá saiu da cidade e foi banhar-se num rio próximo. Deixou sua roupa sobre a moita e foi para a água. Enquanto Obatalá se banhava, Exu, sempre atento às chances de desarrumar as coisas, aproximou-se da margem do rio. Ele viu as roupas brancas sobre o arbusto e as reconheceu como sendo de Obatalá. Pondo as mãos em concha sobre a boca, gritou zombeteiro:
“O Senhor do Pano Branco ainda é senhor quando está sem a roupa?”
Exu pegou as roupas de Obatalá e foi-se embora. Foi dançando alegre e feliz com sua brincadeira. Quando Obatalá saiu da água, viu-se sem as suas imaculadas vestes brancas. Como faria para voltar para a cidade assim? Se aquela situação era humilhante para qualquer um, que dirá para Obatalá. Obatalá andando nu? Obatalá ficou ali angustiado, sem saber o que fazer.
Oxum, que vinha andando pela trilha em direção ao rio, viu Obatalá naquele estado e logo perguntou-lhe o que havia acontecido. Ele contou tudo. Oxum lhe disse então que iria até Exu para trazer as roupas de volta.
Obatalá avisou que ninguém conseguia lidar com Exu, mas Oxum insistiu que era capaz de dobrar o espertalhão. Em troca, porém, ela exigiu os conhecimentos da adivinhação. Ele negou e ela insistiu. Oxum mostrou que ele não tinha saída. Como Obatalá ia andar nu por aí? Que vergonha! Que falta de decoro! Um rei nu?
Obatalá concordou. Fizeram um trato. Oxum foi à procura de Exu e finalmente o encontrou numa encruzilhada, comendo seus ebós. Quando ele a viu, ficou endoidecido por sua beleza e, porque Exu é como é, tentou imediatamente ter relações sexuais com ela. Oxum rejeitou Exu e exigiu as roupas que ele roubara. Exu só pensava em deitar-se com Oxum e não queria discutir outra coisa.
Até que finalmente eles fizeram um acordo. Oxum deitou-se com Exu e em troca recebeu as roupas furtadas. Voltou à margem do rio, onde a esperava Obatalá. Obatalá recebeu as roupas e as vestiu. Então voltou para a cidade e, honrando sua palavra, ensinou Oxum a jogar búzios e obis. Desde então, Oxum tem também o segredo do oráculo.
Comidas: Ypeté (massa de inhame acará pilado e camarões), omolocum (massa de feijão fradinho enfeitada com ovos cozidos), adun (milho de galinha torrado, moído e peneirado, misturado com mel), xinxim de galinha; quindim, fios de ovos.
Frutas: mamão, banana ouro, melão amarelo
Libação: champagne
Essência: angélica
Cores: dourado, amarelo, azul escuro
Ponto de força: rios e cachoeiras
Elemento: água
Atuação: amor, fertilidade
Saudação: Ora Yè Yé o!
Dia da semana: sábado
Numerologia: 5 (oxê), 16 (alafia)
Símbolo: abebe
Metal: ouro
Animal: pombo
Interditos (kizilas): barata, peixe de pele, cajá, carambola.
Mas muitas pessoas queriam aprender com Obatalá a arte de ler o destino nos búzios. Obatalá dizia que seu conhecimento era resultado da confiança que Orunmilá depositara nele e portanto negava-se a passar adiante essa arte.
Entre os que queriam tal conhecimento estava Oxum, a bonita esposa de Xangô. Oxum pediu muitas vezes para Obatalá ensinar-lhe o conhecimento de Ifá. Mesmo estando muito atraído pela bela Oxum, Obatalá recusou-se a ensiná-la.
Um dia Obatalá saiu da cidade e foi banhar-se num rio próximo. Deixou sua roupa sobre a moita e foi para a água. Enquanto Obatalá se banhava, Exu, sempre atento às chances de desarrumar as coisas, aproximou-se da margem do rio. Ele viu as roupas brancas sobre o arbusto e as reconheceu como sendo de Obatalá. Pondo as mãos em concha sobre a boca, gritou zombeteiro:
“O Senhor do Pano Branco ainda é senhor quando está sem a roupa?”
Exu pegou as roupas de Obatalá e foi-se embora. Foi dançando alegre e feliz com sua brincadeira. Quando Obatalá saiu da água, viu-se sem as suas imaculadas vestes brancas. Como faria para voltar para a cidade assim? Se aquela situação era humilhante para qualquer um, que dirá para Obatalá. Obatalá andando nu? Obatalá ficou ali angustiado, sem saber o que fazer.
Oxum, que vinha andando pela trilha em direção ao rio, viu Obatalá naquele estado e logo perguntou-lhe o que havia acontecido. Ele contou tudo. Oxum lhe disse então que iria até Exu para trazer as roupas de volta.
Obatalá avisou que ninguém conseguia lidar com Exu, mas Oxum insistiu que era capaz de dobrar o espertalhão. Em troca, porém, ela exigiu os conhecimentos da adivinhação. Ele negou e ela insistiu. Oxum mostrou que ele não tinha saída. Como Obatalá ia andar nu por aí? Que vergonha! Que falta de decoro! Um rei nu?
Obatalá concordou. Fizeram um trato. Oxum foi à procura de Exu e finalmente o encontrou numa encruzilhada, comendo seus ebós. Quando ele a viu, ficou endoidecido por sua beleza e, porque Exu é como é, tentou imediatamente ter relações sexuais com ela. Oxum rejeitou Exu e exigiu as roupas que ele roubara. Exu só pensava em deitar-se com Oxum e não queria discutir outra coisa.
Até que finalmente eles fizeram um acordo. Oxum deitou-se com Exu e em troca recebeu as roupas furtadas. Voltou à margem do rio, onde a esperava Obatalá. Obatalá recebeu as roupas e as vestiu. Então voltou para a cidade e, honrando sua palavra, ensinou Oxum a jogar búzios e obis. Desde então, Oxum tem também o segredo do oráculo.
Comidas: Ypeté (massa de inhame acará pilado e camarões), omolocum (massa de feijão fradinho enfeitada com ovos cozidos), adun (milho de galinha torrado, moído e peneirado, misturado com mel), xinxim de galinha; quindim, fios de ovos.
Frutas: mamão, banana ouro, melão amarelo
Libação: champagne
Essência: angélica
Cores: dourado, amarelo, azul escuro
Ponto de força: rios e cachoeiras
Elemento: água
Atuação: amor, fertilidade
Saudação: Ora Yè Yé o!
Dia da semana: sábado
Numerologia: 5 (oxê), 16 (alafia)
Símbolo: abebe
Metal: ouro
Animal: pombo
Interditos (kizilas): barata, peixe de pele, cajá, carambola.