terça-feira, dezembro 26, 2006

Oxóssi é raptado por Ossanhe

Oxóssi vivia com sua mãe Yemanjá e com seu irmão Ogum. Ogum cultivava o campo e Oxóssi trazia caça das florestas. A casa de Yemanjá era farta. Mas Yemanjá tinha maus pressentimentos e consultou o babalawo. O adivinho lhe disse que proibisse Oxóssi de ir caçar nas matas, pois Ossanhe, que reinava nas florestas, podia aprisionar Oxóssi.

Yemanjá disse ao filho que nunca mais fosse à floresta. Mas Oxóssi, o caçador, era muito independente e rejeitou os apelos da mãe. Continuou indo às caçadas. Um dia ele encontrou Ossanhe, que lhe deu de beber um preparado. Oxóssi perdeu a memória. Ossanhe banhou o caçador com abôs misteriosos e ele ficou no mato morando com Ossanhe.

Ogum não se conformava com o rapto do irmão. Foi à sua procura e não descansou até encontrá-lo. Finalmente livrou Oxóssi e o trouxe de volta a casa.

Yemanjá, contudo, não perdoou o filho desobediente e não quis recebê-lo em casa. Ele voltou para as florestas, onde até hoje mora com Ossanhe.

Ogum, por sua vez, brigou com a mãe e foi morar na estrada. Yemanjá passou a sentir demais a ausência dos dois filhos, que ela praticamente expulsara de casa. Tanto chorou Yemanjá, tanto chorou, que suas lágrimas ganharam curso, se avolumaram e num rio Yemanjá se transformou.

Comidas: Axoxô (milho de galinha cozido enfeitado com lascas de côco)

Fruta: diversas

Libação: Vinho moscatel, aluá (bebida sagrada feita com milho de galinha, rapadura, gengibre e obi ralado)

Essência: Sândalo

Cores: Verde, azul turquesa

Ponto de força: Matas

Elementos: Terra

Atuação: Caça. Ele é o provedor do sustento

Saudação: Arolê! Okê Aro Coque Maió!

Dia da semana: Quinta-feira

Sincretismo: São Sebastião ou São Jorge (Bahia). No candomblé, este orixá é louvado no dia de Corpus Christi.

Numerologia: 6 (obará)

Símbolos: Ofá ou Damatá (arco e flecha), eruquerê (chicote feito de rabo de cavalo)

Animais: Coelho, faisão

Interditos (kizilas): Mel, carambola, cabeças de animais

Ossanhe dá uma folha para cada Orixá

Ossanhe, filho de Nanã e irmão de Oxumarê, Yewá e Obaluayê, era o senhor das folhas, da ciência e das ervas, o orixá que conhece o segredo da cura e o mistério da vida. Todos os orixás recorriam a Ossanhe para curar qualquer moléstia, qualquer mal do corpo. Todos dependiam de Ossanhe na luta contra a doença. Todos iam à casa de Ossanhe oferecer seus sacrifícios. Em troca Ossanhe lhes dava preparados mágicos: banhos, chás, infusões, pomadas, abo, beberagens. Curava as dores, as feridas, os sangramentos; as disenterias, os inchaços e fraturas; curava as pestes, febres, órgãos corrompidos; limpava a pele purulenta e o sangue pisado; livrava o corpo de todos os males.

Um dia Xangô, que era o deus da justiça, julgou que todos os orixás deveriam compartilhar o poder de Ossanhe, conhecendo o segredo das ervas e o dom da cura. Xangô sentenciou que Ossanhe dividisse suas folhas com os outros orixás. Mas Ossanhe negou-lhe a dividir suas folhas com os outros orixás. Xangô então ordenou que Yansã soltasse o vento a trouxesse ao seu palácio todas as folhas das matas de Ossanhe para que fossem distribuídas aos orixás. Yansã fez que Xangô determinara. Gerou um furacão que derrubou as folhas das plantas e as arrastou pelo ar em direção ao palácio de Xangô. Ossanhe percebeu o que estava acontecendo e gritou. “Euê uassá!” - “As folhas funcionam!” Ossanhe ordenou às folhas que voltassem às suas matas e as folhas obedeceram às ordens de Ossanhe. Quase todas as folhas retornaram para Ossanhe. As que já estavam em poder de Xangô perderam o axé, perderam o poder de cura. O orixá-rei, que era um orixá justo, admitiu a vitória de Ossanhe. Entendeu que o poder das folhas devia ser exclusivo de Ossanhe e que assim devia permanecer através dos séculos. Ossanhe, contudo, deu uma folha para cada orixá, deu um euê para cada um deles. Cada folha com seus axés e seus ofós, que são as cantigas de encantamento, sem as quais as folhas não funcionam.

Ossanhe distribuiu as folhas aos orixás para que aqueles não mais o invejassem. Eles também podiam realizar proezas com as ervas, mas os segredos mais profundos ele guardou para si. Ossanhe não conta seus segredos para ninguém, Ossanhe nem mesmo fala. Fala por ele seu criado Aroni. Os orixás ficaram gratos a Ossanhe e sempre o revenciaram quando usam as folhas.

Ossaniyn (Keto) / Agué (Jeje) / Catende (Angola)

Comida: Amendoim (torrado) sobre massa de batata doce pilada ou recheando abóbora moranga, tudo regado com mel e enfeitado com lascas de fumo de rolo; padê de mel, feijão preto com côco e mel. Cachimbo de barro sempre acompanha as oferendas.

Libação: Cachaça com mel, água de côco.

Frutas: Abacate

Cores: Verde e branco

Ponto de força: Mata fechada

Elemento: Terra

Atuação: Axé das ervas - medicinais e litúrgicas

Saudação: Ewè O!

Dia da semana: Quinta-feira

Sincretismo: São Benedito e São Francisco de Assis, mas alguns axés o louvam no dia de Reis.

Numerologia: 6 (obará), 14 (iká)

Símbolos: Uma haste de ferro, tendo, na extremidade superior, um pássaro em ferro forjado; esta mesma haste é cercada por seis outras dirigidas em leque para o alto. Uma história de Ifá nos ensina como "o pássaro é a representação do poder de Ossanhe. É o seu mensageiro que vai a toda parte, volta e se empoleira sobre a cabeça de Ossanhe para lhe fazer o seu relato".

Animais: Pássaros

Interdito: Ventania

segunda-feira, dezembro 25, 2006

6 de Janeiro - Dia de Reis

A EPIFANIA DO SENHOR (do grego: Ἐπιφάνεια, : "a aparição; um fenômeno miraculoso") é uma festa religiosa cristã celebrada dia 6 de janeiro, ou seja, doze dias após o Natal.

A Epifania representa a assunção humana de Jesus Cristo, quando o filho do Criador dá-se a conhecer ao Mundo. Na narração bíblica Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas e em diferentes momentos, porém o mundo cristão celebra como epifanias três eventos: a Epifania propriamente dita perante os magos do oriente (como está relatado em Mateus 2, 1-12) e que é celebrada dia 6 de janeiro, a Epifania a João Batista no rio Jordão e a Epifania a seus discípulos e início de sua vida pública com o milagre de Caná quando começa seu ministério.

No sentido literário, a "epifania" é um momento privilegiado de revelação, quando acontece um evento ou incidente que "ilumina" a vida da personagem. A Igreja Ortodoxa ainda comemora o nascimento de Jesus em 6 de Janeiro. A Igreja Católica Romana, no ano 353, antecipou a data para 25 de Dezembro, coincidindo com o solstício de inverno, numa forma de coibir a festa pagã.

Os Três Reis Magos são personagens da narrativa cristã que visitaram Jesus após seu nascimento. A chegada dos reis magos corroboraria a profecia contida no Salmo 72: "Todos os reis cairão diante dele".

Atribui-se aos magos a tradição de dar presentes no Natal. No ritual da Antigüidade, o OURO era o presente para um rei, o OLÍBANO (incenso) para um religioso representando a espiritualidade e a MIRRA para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade). Melquior ofereceu ouro; Baltasar, incenso e Gaspar, mirra. Estes presentes confirmam o caráter de Jesus - REI, SACERDOTE E PROFETA - como símbolo do reconhecimento que aquela criança pobre que acabara de nascer haveria de se tornar um grande líder mundial e o salvador do mundo.

Desde 1164, os restos mortais dos três reis estão numa urna de ouro na catedral de Colônia, em Köln.

No dia de Reis os devotos fazem simpatias com a finalidade de atrair prosperidade. A romã é símbolo de abundância, de acordo tradição judaica, também representando a fertilidade, pois a fruta lembra um ovário e suas sementes, os óvulos.

É dia de agradar o
ODU OBARÁ MEJI (6), o odu da riqueza, regido por Xangô, Oxóssi, Ossanhe, Logun-Edé. Em alguns axés, louva-se o Orixá Ossanhe (em Angola, corresponde ao Inkise Catende; no Jeje, ao Vodun Agué).

Aniversários e Datas Comemorativas - Janeiro

06 - Dia de Reis (louvação a Ossanhe em alguns axés)

09 - Aniversário da Cláudia

10 - Aniversário da Valesca

11 - Lavagem das escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim - festa sincrética em homenagem a Oxalufan (Bahia)

20 - Dia de São Sebastião, padroeiro da cidade do Rio de Janeiro (OXÓSSI no RJ; noutros estados, é sincretizado com OGUM ou OMOLU)

21 - Início do ciclo zodiacal do signo de AQUÁRIO

22 - Aniversário do Miguel, nosso “cambono júnior”

Calendário do Mês de Janeiro/2007

4as feiras às 19:30h

03, 10, 17, 24 e 31
- Irradiação / Passe / Corrente

5as feiras às 19:30h

04, 11, 18 e 25
- Reposição Energética

Sábados às 15h

06
- Gira Mensal

13 - Consulta com os Pretos Velhos

20 - Homenagem ao Orixá OXÓSSI

27 - Gira do sr Zé Pilintra, Exus e Pombogiras

Domingo às 15h

21
– Gira em Inhoaíba. Homenagem ao Orixá OXÓSSI

terça-feira, dezembro 12, 2006

Mensagem de Natal - 2006

Quisera Senhor, neste NATAL, armar uma árvore e nela pendurar, em vez de bolas, os nomes de todos os nossos amigos.

Os amigos de longe e os de perto.

Os antigos e os mais recentes.

Os que vemos a cada dia e os que raramente encontramos.

Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos.

Os constantes e os intermitentes.

Das horas difíceis e os das horas alegres.

Os que, sem querer, magoamos, ou sem querer nos magoaram.

Aqueles a quem conhecemos profundamente e aqueles de quem conhecemos apenas a aparência.

Nossos amigos humildes e nossos amigos importantes.

Os nomes de todos os que já passaram pela nossa vida.

Uma árvore de raízes muito profundas para que seus nomes nunca sejam arrancados do nosso coração.

De ramos muito extensos para que novos nomes vindos de todas as partes venham juntar-se aos existentes.

Uma árvore de sombras muito agradáveis para que nossa amizade seja um momento de repouso nas lutas da vida.

Que o NATAL esteja vivo em cada dia do ano que se inicia para que possamos juntos viver o amor!

domingo, dezembro 10, 2006

25 de Dezembro: ... e a Saturnália virou Natal!

ORIGENS

As origens do Natal remontam aos tempos antes do nascimento de Cristo, quando as culturas antigas celebravam a mudança das estações. No Hemisfério Norte, na Europa, por exemplo, o Solstício de Inverno, que é o dia mais curto do ano, ocorre por volta do dia 25 de dezembro. Estas celebrações eram baseadas no declínio do inverno, já que neste período os animais permaneciam presos, as pessoas ficavam dentro de suas casas, as colheitas não cresciam etc. Sabiam que o inverno passava da metade e por isso faziam deste um tempo de celebração.

No antigo sistema religioso romano, Saturno era o deus da agricultura e do tempo. Cada ano, durante o verão, o deus Júpiter forçaria Saturno para fora da sua posição dominante e os dias iriam se tornando mais curtos. No templo de Saturno em Roma, os pés de Saturno eram simbolicamente amarrados com correntes até os Solstícios de Inverno, quando os dias começavam a se alongar novamente. Era este Solstício de Inverno um tempo de celebração e de troca de presentes, já que a dureza do inverno começava a desvanecer e os dias a se tornarem mais longos. 25 de Dezembro, especialmente, coincidia com o dia do nascimento do deus-sol chamado Fírgia na cultura antiga dos Bálcãs. Também coroava-se um rei que fazia o papel de Saturno. Esta festa era chamada SATURNÁLIA. Era celebrada todos os 17 de Dezembro. Ao longo dos tempos, foi alargada à semana completa, terminando a 23 de Dezembro.

Saturno, equivalente ao grego CRONOS, era um dos titãs, filho do Céu e da Terra. Com uma foice dada por sua mãe mutilou o pai, tomando o poder entre os deuses. Expulso do céu por seu filho Júpiter (Zeus), refugiou-se no Lácio, onde fez reinar a paz e a abundância, tendo ensinado aos homens a agricultura.

Convém lembrar aqui que o Solstício de Inverno era uma data muito importante para as economias agrícolas – e os Romanos eram um povo de agricultores. Fazia-se tudo para agradar os deuses e pedir-lhes que o Inverno fosse brando e o sol retornasse ressuscitado no início da Primavera. Como Saturno estava relacionado com a agricultura é fácil perceber a associação do culto do deus ao culto solar.

Mas outros cultos existiam também, como é o caso do deus Apolo, considerado como "Sol Invicto", ou ainda de Mitra, adorado como Deus-Sol. Este último, muito popular entre o exército romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de Dezembro data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento da divindade. Em 273 o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de Dezembro: Natalis Solis Invicti (nascimento do Sol invencível).

É somente durante o século IV que o nascimento de Cristo começa a ser celebrado pelos cristãos (até aí a sua principal festa era a Páscoa), mas no dia 6 de Janeiro, com a Epifania. Quando, em 313, Constantino se converte e oficializa o Cristianismo, a Igreja Romana procura uma base de apoio ampla, procurando confundir diversos cultos pagãos com os seus. Desistindo de competir com os festejos da Saturnália, nos quais não se permitia a participação, a Igreja Romana adotou o feriado e tentou convertê-lo na celebração do nascimento do Senhor. Eles a chamavam Festa da Natividade. Esta adoção foi incorporada à cultura ocidental desde então. O Papa Gregório XIII fez o resto: é mais fácil mudar o calendário do que mudar a apetência do povo pelas festas.

A celebração do Natal de Jesus foi instituída oficialmente pelo bispo romano Libério, no ano 354 d.C. Na realidade, a data de 25 de Dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam por altura do Solstício de Inverno.

Assim, em vez de proibir as festividades pagãs, forneceu-lhes simbolismos cristãos e um nova linguagem cristã. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como "o Sol de Justiça" (Malaquias 4:2) e a "Luz do Mundo" (João 8:12) expressam o sincretismo religioso.

As evidências confirmam que num esforço de converter pagãos, os líderes religiosos adotaram a festa e tentaram fazê-la parecer “cristã”.

Há muito tempo se sabe que o Natal tem raízes pagãs. Por causa de sua origem não-bíblica, no século 17 essa festividade foi proibida na Inglaterra e em algumas colônias americanas. Quem ficasse em casa e não fosse trabalhar no dia de Natal era multado. Mas os velhos costumes logo voltaram, e alguns novos foram acrescentados. O Natal voltou a ser um grande feriado religioso, e ainda é em muitos países.

ÁRVORE DE NATAL E MUSGO

Um dos símbolos da vida encontrados na celebração da Saturnália era o uso de árvores verdes. Estas plantas que permaneciam verdes durante todo o ano eram, freqüentemente, usadas nas diferentes culturas como símbolo de vida e renascimento. Elas eram, algumas vezes, decoradas como uma forma de adoração nas cerimônias religiosas de algumas culturas e associadas à fertilidade.

O musgo era considerado uma planta curativa e era usado em muitas práticas médicas antigas. Os celtas acreditavam que a planta, que é um parasita das árvores verdes, continha a alma das árvores onde eles viviam. Os druídas usavam o musgo em suas cerimônias religiosas. Os sacerdotes druídas os cortavam e os distribuíam ao povo que os colocavam sobre as portas das suas casas. Eles supunham que isto os protegeria de várias formas de mal.

É encarado universalmente como o dia consagrado à reunião da familia, à paz, a fraternidade e solidariedade ente os homens.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Desiderata

Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.

Tanto quanto possível sem humilhar-se, mantenha-se em harmonia com todos que o cercam.

Fale a sua verdade, clara e mansamente.

Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história.

Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.

Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você: isso o tornaria superficial e amargo.

Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar.

Mantenha o interesse no seu trabalho, por mais humilde que seja, ele é um verdadeiro tesouro na contínua mudança dos tempos.

Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas.

Mas não fique cego para o bem que sempre existe.

Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.

Seja você mesmo.

Sobretudo, não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira, pois, no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva.

Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.

Cultive a força do espírito e você estará preparado para enfrentar as surpresas da sorte adversa.

Não se desespere com perigos imaginários: muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.

Ao lado de uma sadia disciplina conserve, para consigo mesmo, uma imensa bondade.

Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber, a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino.

Procure, pois, estar em paz com Deus, seja qual for o nome que você lhe der.

No meio do seu trabalho e nas aspirações, na fatigante jornada pela vida, conserve, no mais profundo do seu ser, a harmonia e a paz.

Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano, o mundo ainda é bonito.

Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz e partilhe com os outros a sua felicidade.

DESIDERATA - do latim 'Desideratu': aquilo que se deseja, aspiração. Este texto foi encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Baltimore, datado de 1692. Foi citado no livro "Mensagens do Sanctum Celestial", do Fr. Raymond Bernard. O texto é de Max Ehrmannn e foi registrado pela primeira vez em 1927. Hoje em dia pertence à © Robert L. Bell.

Calendário do Mês de Dezembro/2006

4as feiras às 19:30h

06, 13, 20 e 27
- Irradiação/Passe/Corrente

5as feiras às 19:30h

14, 21 e 28
- Reposição Energética

6a feira às 19:30h

08
- Homenagem ao Orixá OXUM

Sábados

02
- Gira Mensal. Homenagem ao Orixá YANSÃ (15h)

09 - Gira Festiva na casa do CCT Aílton (15h)

16 - Gira do sr Zé Pilintra, Exus e Pombogiras (15h)

23 - CONFRATERNIZAÇÃO. COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DO CCT LUÍS PAULO. CHURRASCO BENEFICENTE COM A PRESENÇA DO GRUPO BOÊMIOS DO SAMBA. CONVITES A R$ 7,00. TRAZER 1kg DE ALIMENTO NÃO-PERECÍVEL. (17h)

30 - Gira na Praia. Homenagem ao Orixá YEMANJÁ

Domingo às 15h

03
- Gira de Encerramento do ano em Inhoaíba. Homenagem às YABÁS

terça-feira, dezembro 05, 2006

Maria de Nazaré

Maria de Nazaré, Maria me cativou
Fez mais forte a minha fé
E por filho me adotou

Às vezes eu paro e fico a pensar
E sem perceber, me vejo a rezar
E meu coração se põe a cantar
Pra Virgem de Nazaré

Menina que Deus amou e escolheu
Pra mãe de Jesus, o Filho de Deus
Maria que o povo inteiro elegeu
Senhora e Mãe do Céu

Ave, Maria! Ave, Maria!
Ave, Maria! Mãe de Jesus!

Maria que eu quero bem, Maria do puro amor
Igual a você, ninguém
Mãe pura do meu Senhor

Em cada mulher que a terra criou
Um traço de Deus Maria deixou
Um sonho de Mãe Maria plantou
Pro mundo encontrar a paz

Maria que fez o Cristo falar
Maria que fez Jesus caminhar
Maria que só viveu pra seu Deus
Maria do povo meu

Ave, Maria! Ave, Maria!
Ave, Maria! Mãe de Jesus!

domingo, novembro 26, 2006

Umbanda - Diversidade - Transformação

Certa vez questionei meu mentor sobre o motivo de existir tanta diversidade ritualística na Umbanda. E meu pai espiritual respondeu:

"- A Umbanda busca abarcar todos graus de consciência das humanas criaturas, indo desde os aspectos mais sincréticos e representativos da fé, até os aspectos mais voltados à essência. Então, não se abale com as aparentes diferenças e não seja resistente às mudanças; sede flexível, pois essa é a finalidade da vida - TRANSFORMAÇÃO. Assim como a própria Natureza a cada dia se expressa de uma forma única, você também com sua dinâmica estará sempre mudando por dentro e por fora e esperamos que seja sempre para melhor."

(FONTE: SITE DA FRATERNIDADE LUZ DIVINA)

Aniversário e Datas Comemorativas - Dezembro

04 - Dia de Santa Bárbara (Oyá)

05 - Aniversário do Márcio

07 – Aniversário do Adriano

08 - Dia de Nossa Senhora da Conceição (Oxum no RJ, Yemanjá em SP); aniversário do Everaldo e da Karina.

13 - Dia de Santa Luzia

15 – Aniversário do Ezequiel

17 - Dia de São Lázaro (Omolu)

21 - ANIVERSÁRIO DO CCT LUIZ PAULO

25 - Natal (Oxalá)

28 - Aniversário da Andreza

31 - Homenagens e oferendas à Yemanjá

quinta-feira, novembro 23, 2006

Yemanjá cura Oxalá e ganha o poder sobre as cabeças

Quando Olodumare fez o mundo, deu a cada orixá um reino, um posto, um trabalho.

A Exu deu o poder da comunicação e a posse das encruzilhadas.

A Ogum deu o poder da forja, o comando da guerra e o domínio dos caminhos.

A Oxóssi ele entregou o patronato da caça e da fartura.

A Obaluayê deu o controle das epidemias.

Olodumare deu a Oxumarê o arco-íris e poder de comandar a chuva, que permite as boas colheitas e afasta da fome.

Xangô recebeu o poder do trovão e o império da lei.

Oiá-Iansã ficou com o raio e o reino dos mortos, enquanto Yewá foi governar os cemitérios.

Olodumare deu a Oxum o zelo pela feminilidade, riqueza material e fertilidade das mulheres. Oba ganhou o patronato da família e Nanã, a sabedoria dos mais velhos, que ao mesmo tempo é princípio de tudo, a lama primordial com que Obatalá modela os homens.

A Oxalá deu Olodumare o privilégio de criar o homem, depois que Odudua fez o mundo. E a criação se completou com a obra de Oxaguiã, que inventou a arte de fazer os utensílios, a cultura material.

Para Yemanjá, Olodumare destinou os cuidados de Oxalá. Para a casa de Oxalá foi Iemanjá cuidar de tudo: da casa, dos filhos, da comida, do marido, enfim.

Yemanjá nada mais fazia que trabalhar e reclamar. Se todos tinham algum poder no mundo, um posto pelo qual recebiam sacrifício e homenagens, por que ela deveria ficar ali em casa feito escrava?

Yemanjá não se conformou. Ela falou, falou e falou nos ouvidos de Oxalá. Falou tanto que Oxalá enlouqueceu. Seu ori, sua cabeça, não agüentou o falatório de Iemanjá. Iemanjá deu-se então conta do mal que provocara e tratou de Oxalá até restabelecê-lo. Cuidou de seus ori enlouquecido, oferecendo-lhe água fresca, obis deliciosos, apetitosos pombos brancos, frutas dulcíssimas. E Oxalá ficou curado.

Então, com o consentimento de Olodumare, Oxalá encarregou Yemanjá de cuidar do ori de todos os mortais. Yemanjá ganhara enfim uma missão tão desejada. Agora ela era senhora das cabeças.

Yè yé omo ejá – Yemanjá – Mãe cujos filhos são peixes

Comidas: Ebô Iyá (canjica cozida e temperada com cebola ralada e camarões secos), vatapá, arroz branco cozido com leite de côco, peixe assado, manjar branco, cuzcuz.

Frutas: uvas, maçã verde

Libação: champagne

Essência: jasmim

Cores: prata, azul claro, verde água

Ponto de força: mar

Elemento: água

Atuação: maternidade, família

Saudação: Odò Ìyá! Èérú Ìyá!

Dia da semana: sábado

Numerologia: 4 (irosum), 9 (ossá)

Símbolos: abebe, espada, conchas, corais, pérolas

Metal: prata

Animais: peixe, cavalo marinho

Interditos (kizilas): peixe de couro

Oxum deita-se com Exu para aprender o Jogo de Búzios

Obatalá, o Senhor do Pano Branco, aprendeu com Orunmilá a arte da adivinhação. Aprendeu o oráculo dos obis e dos búzios. A adivinhação com o opelê, contudo, Orunmilá jamais ensinou para ninguém. Só os babalawo podem jogar com o opelê, a cadeia de Ifá.

Mas muitas pessoas queriam aprender com Obatalá a arte de ler o destino nos búzios. Obatalá dizia que seu conhecimento era resultado da confiança que Orunmilá depositara nele e portanto negava-se a passar adiante essa arte.

Entre os que queriam tal conhecimento estava Oxum, a bonita esposa de Xangô. Oxum pediu muitas vezes para Obatalá ensinar-lhe o conhecimento de Ifá. Mesmo estando muito atraído pela bela Oxum, Obatalá recusou-se a ensiná-la.

Um dia Obatalá saiu da cidade e foi banhar-se num rio próximo. Deixou sua roupa sobre a moita e foi para a água. Enquanto Obatalá se banhava, Exu, sempre atento às chances de desarrumar as coisas, aproximou-se da margem do rio. Ele viu as roupas brancas sobre o arbusto e as reconheceu como sendo de Obatalá. Pondo as mãos em concha sobre a boca, gritou zombeteiro:

“O Senhor do Pano Branco ainda é senhor quando está sem a roupa?”

Exu pegou as roupas de Obatalá e foi-se embora. Foi dançando alegre e feliz com sua brincadeira. Quando Obatalá saiu da água, viu-se sem as suas imaculadas vestes brancas. Como faria para voltar para a cidade assim? Se aquela situação era humilhante para qualquer um, que dirá para Obatalá. Obatalá andando nu? Obatalá ficou ali angustiado, sem saber o que fazer.

Oxum, que vinha andando pela trilha em direção ao rio, viu Obatalá naquele estado e logo perguntou-lhe o que havia acontecido. Ele contou tudo. Oxum lhe disse então que iria até Exu para trazer as roupas de volta.

Obatalá avisou que ninguém conseguia lidar com Exu, mas Oxum insistiu que era capaz de dobrar o espertalhão. Em troca, porém, ela exigiu os conhecimentos da adivinhação. Ele negou e ela insistiu. Oxum mostrou que ele não tinha saída. Como Obatalá ia andar nu por aí? Que vergonha! Que falta de decoro! Um rei nu?

Obatalá concordou. Fizeram um trato. Oxum foi à procura de Exu e finalmente o encontrou numa encruzilhada, comendo seus ebós. Quando ele a viu, ficou endoidecido por sua beleza e, porque Exu é como é, tentou imediatamente ter relações sexuais com ela. Oxum rejeitou Exu e exigiu as roupas que ele roubara. Exu só pensava em deitar-se com Oxum e não queria discutir outra coisa.

Até que finalmente eles fizeram um acordo. Oxum deitou-se com Exu e em troca recebeu as roupas furtadas. Voltou à margem do rio, onde a esperava Obatalá. Obatalá recebeu as roupas e as vestiu. Então voltou para a cidade e, honrando sua palavra, ensinou Oxum a jogar búzios e obis. Desde então, Oxum tem também o segredo do oráculo.

Comidas: Ypeté (massa de inhame acará pilado e camarões), omolocum (massa de feijão fradinho enfeitada com ovos cozidos), adun (milho de galinha torrado, moído e peneirado, misturado com mel), xinxim de galinha; quindim, fios de ovos.

Frutas: mamão, banana ouro, melão amarelo

Libação: champagne

Essência: angélica

Cores: dourado, amarelo, azul escuro

Ponto de força: rios e cachoeiras

Elemento: água

Atuação: amor, fertilidade

Saudação: Ora Yè Yé o!

Dia da semana: sábado

Numerologia: 5 (oxê), 16 (alafia)

Símbolo: abebe

Metal: ouro

Animal: pombo

Interditos (kizilas): barata, peixe de pele, cajá, carambola.

Oyá sopra a forja de Ogum e cria o Vento e a Tempestade

Oxaguiã estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas as armas para guerrear. Ogum fazia as armas, mas fazia lentamente. Oxaguiã pediu a seu amigo Ogum urgência, mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Oxaguiã que Oiá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar o fabrico. Oiá se pôs a soprar o fogo da forja de Ogum e seu sopro avivava intensamente as chamas e o fogo mais forte derretia mais rapidamente o ferro. Logo Ogum pôde fazer muito mais armas e com mais armas Oxaguiã venceu logo a guerra.

Oxaguiã veio então agradecer a Ogum. E na casa de Ogum enamorou-se de Oiá. Um dia fugiram Oxaguiã e Oiá, deixando Ogum enfurecido e sua forja fria.

Quando mais tarde Oxaguiã voltou à guerra e quando precisou das armas muito urgentemente, Oiá teve que reavivar a forja, mas não quis voltar para a casa de Ogum.

E lá da casa de Oxaguiã, onde vivia, Oiá soprava em direção à forja de Ogum. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiã da de Ogum. E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas que com furor atiçava.

E o povo se acostumou com o sopro de Oiá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oiá a forja de Ogum. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oiá e o povo chamava isso de tempestade.

Oyá Mesàn – Yansã – Mãe dos Nove.

Comidas: Acarajé (bolinho feito da massa de feijão fradinho com camarão seco e cebola ralada, frito no dendê – com exceção das qualidades ligadas a Egun), ekuru (a mesma massa do acarajé, enrolada na folha de bananeira e cozida a vapor), bobó de camarão, bolas de inhame.

Fruta: manga rosa

Libação: champagne

Essência: benjoim

Cores: marrom, vermelho, laranja, coral, rosa

Ponto de força: bambuzal

Elementos: água (é a deusa do Rio Níger), ar, fogo.

Atuação: tempo, demandas espirituais

Saudação: Êpa Hey!

Dia da semana: Quarta-feira

Numerologia: 4 (irosum), 9 (ossá), 11 (oworin)

Símbolos: espada, eruechim (chicote feito de rabo de cavalo, originalmente um espanta-moscas; utilizado por Oyá para controlar os Eguns), chifres de búfalo (batidos um contra o outro, servem para evocá-la), coral.

Metal: cobre

Animais: Búfalo, borboleta

Interditos (kizilas): abóbora moranga, carneiro, cajá, lagartixa, folhas secas.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Eclesiastes Capítulo III

1 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

2
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;

3
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;

4
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;

5
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;

6
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;

7
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;

8
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.

9
Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?

10
Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar.

11
Tudo fez formoso em seu tempo; também pós o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.

12
Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;

13
E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.

14
Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.

15
O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.

16
Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar da justiça havia iniqüidade.

17
Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.

18
Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.


19
Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.

20
Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.

21
Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra?

22
Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?

sexta-feira, novembro 17, 2006

Cantiga da Paz - Dolores Duran (psicografada)

Se quiseres sentir
A paz dentro de ti
Escuta meu irmão
Faze silêncio e espera
Que volte a primavera
Na força da oração
Transforma teu soluço
Em risos de esperança
No amanhã que vem
Depois da tempestade
Surge sempre a bonança
Agora ou mais além
Em tua longa estrada
Só tu tens o poder
De transformar espinhos
Em flores perfumadas
Que ao Sol da confiança
Enfeitem teus caminhos
Olhando ao teu redor
Verás que almas tristes
Te pedirão amor
Tua tristeza, esquece
Sorri, ampara e aquece
Seja o irmão quem for
Sofrendo chuva e vento
O trigo doura o campo
Sem falar de sua dor...
E assim que a nuvem passa
A terra generosa
Desabotoa em flor
Imita a Natureza
Que se desfaz em luz
Até o entardecer...
E quando a noite chega
No céu acende estrelas
Até o amanhecer...

quinta-feira, novembro 09, 2006

Atitude

Hoje quero lhes falar sobre atitude. Atitude diante da vida, diante da morte, diante das dificuldades.

Quero lhes chamar a atenção para o exercício da tolerância. Não é fácil tolerar atitudes de desrespeito, de ingratidão, de agressão. Diante de situações adversas, como é difícil aceitá-las! De que forma é possível ultrapassar esses momentos? Somente com a elevação espiritual, com uma compreensão maior, com o amor superando tudo e a todos. O amor é a mola que faz com que superemos sentimentos de discórdia e nos eleva.

A fé tudo consegue. Mas é necessário estarmos atentos e, ao fraquejarmos, renovarmos nossas forças interiores e apelarmos ao Pai, aos nossos Anjos da Guarda, espíritos de luz que nos protegem, para que possamos sublimar nossas fraquezas e torna-las fontes de nossas reflexões para vermos e ouvirmos e recobrarmos nossas energias.

Diante de suas intolerâncias e das intolerâncias dos que os cercam, parem e meditem sobre a razão de tal comportamento. Muitas vezes são resgates de vidas anteriores. É preciso uma atitude positiva, é preciso tentar compreender, é preciso lutar contra atitudes que só trarão desgastes.

Cabe a cada um tornar sua vida mais doce, mais amena. Não aceitar situações que os tornem infelizes. O livre arbítrio lhes foi concedido para a decisão da condução das próprias vidas. Não aceitar situações que se lhes apresentem intoleráveis. Depende de cada um revertê-las.

Sua atitude diante da beleza, das forças da natureza humana, da natureza, dos cantos dos pássaros, da beleza dos animais, do poder das águas, despertará em seus espíritos a luz e a compreensão para a verdadeira vida. Sua atitude diante da doença, afastando o desânimo, recobrando forças interiores, fará com que a cura se realize.

Novamente recomendamos a prece. No processo de espera, a prece fortalece nossos espíritos.

Sua atitude diante das dificuldades para a sobrevivência, quando positivas, fará com que a passagem pela vida discorra amena. A serenidade é necessária diante daquilo que não compreendem, diante do sofrimento.

Sejam responsáveis por si, e pelos que lhes foram postos a seu lado, por laços de sangue ou de amizade.

Sua atitude diante da pobreza e a da pobreza de espírito dos que se lhes deparam, fará com que possam doar aquilo que tanto necessitam. Sua atitude diante de sua espiritualidade os elevará a planos superiores, preparando-os para a verdadeira vida.

Atitudes negativas não levam a nada. Obviamente é impossível não sofrer com os problemas diários. Não é isso que queremos dizer. Porém, superar o sofrimento é possível, graças à compreensão do sentido da vida, dos ensinamentos do Pai.

Jesus zela por todos. Procurem-nos nas suas preces, no seu interior. Todos possuem a centelha divina. Mantenham-na acesa. Sigam os exemplos daqueles que, como são Francisco de Assis, passaram pela Terra e deixaram suas mensagens, suas atitudes de bondade, humildade, desprendimento, de amor.

Sejam felizes. É necessário buscar a felicidade. Afastem os maus pensamentos, sejam fortes e pródigos no espalhar o amor.

Fiquem na paz de nosso amado Jesus, de São Francisco de Assis e de seus guias espirituais, a quem devem apelar a todo momento.

(FONTE: “Tempo para o Entendimento” – mensagens de Francisco Cipriano e Irmã Germana -, psicografado por Cely Durão)

Marcas no coração

Você já sentiu, alguma vez, a dor causada por uma pancada na quina da mesa, da cama, ou de outro móvel qualquer? Sim, aquela pancada que quase nos faz perder os sentidos, e deixa um hematoma no corpo.Em princípio surge uma marca avermelhada, depois arroxeada, e vai mudando de cor até desaparecer por completo. Geralmente o local fica dolorido, e sempre que o tocamos sentimos certo desconforto. A marca permanece por um tempo mais ou menos longo, conforme o organismo. Agora imagine se, por distração, você bate novamente no mesmo lugar do hematoma... A dor é ainda maior e a cor se intensifica. Se isso se repetisse por inúmeras vezes, o problema poderia se agravar a tal ponto que a lesão se converteria num problema mais grave. Com a mágoa acontece algo semelhante, com a diferença de que a marca é feita no coração e é causada por uma lesão afetiva. No primeiro momento a marca é superficial, mas poderá se aprofundar mais e mais, caso haja ressentimento prolongado. Ressentir quer dizer sentir outra vez e tornar a sentir muitas e muitas vezes. É por isso que o ressentimento vai aprofundando a marca deixada no coração. Como acontece com as lesões sofridas no corpo, repetidas vezes no mesmo lugar, também o ressentimento pode causar sérios problemas a quem se permite o ressentir continuado. Se um hematoma durasse meses ou anos em nosso corpo, a possibilidade de se transformar em câncer seria grande. Isso também acontece com a mágoa agasalhada na alma por muito tempo. A cada vez que nos lembramos do que motivou a mácula no coração, e nos permitimos sentir outra vez o estilete na alma, a mágoa vai se aprofundando mais e mais. Além da possibilidade de causar tumores, gera outros distúrbios nas emoções de quem a guarda no coração. Por todas essas razões, vale a pena refletir sobre esse mal que tem feito muitas vítimas. Semelhante a um corrosivo, a mágoa vai minando a alegria, o entusiasmo, a esperança, e a amargura se instala... Silenciosa, ela compromete a saúde de quem a mantém e fomenta ódio, rancor, inimizade, antipatias. Muitas vezes a mágoa se disfarça de amor-próprio para que seu portador consinta que ela permaneça em sua intimidade. E com o passar do tempo ela se converte num algoz terrível, mostrando-se mais poderosa do que a vontade de seu portador para eliminá-la. De maneira muitas vezes imperceptível, a mágoa guardada vai se manifestando numa vingançazinha aqui, numa traiçãozinha ali, numa crueldade acolá. E de queda em queda a pessoa magoada vai descendo até o fundo do poço, sem medir as conseqüências de seus atos. Para evitar que isso aconteça conosco, é preciso tomar alguns cuidados básicos. O primeiro deles é proteger o campo das emoções, fortalecendo as fibras dos nobres sentimentos, não permitindo que a mágoa o penetre. O segundo é tratar imediatamente a ferida antes que se torne mais profunda, caso a mágoa aconteça. O terceiro é drenar, com o arado da razão, o lodo do melindre, que é terreno propício para a instalação da mágoa.É importante tratar essa suscetibilidade à flor da pele, que nos deixa extremamente vulneráveis a essas marcas indesejáveis em nosso coração, tornando-nos pessoas amargas e infelizes. Agasalhar ódio, mágoa ou rancor no coração, é o mesmo que beber veneno com a intenção de matar o nosso agressor. Pense nisso, e não permita que esses tóxicos se instalem em seu coração.

(FONTE: Momento Espírita)

sexta-feira, outubro 27, 2006

Pontos do Caboclo das 7 Encruzilhadas

Chegou! Chegou!
Chegou... com Deus...
Chegou! Chegou!
O Caboclo das 7 Encruzilhadas!

Já clareou lá no céu
Iluminou o congá
Aí vem o nosso chefe
Foi Ogum quem enviou
Caboclo das Sete Encruzilhadas
De Oxalá traz a bênção
Ele traz para seus filhos
A divina proteção!

Eles são 3 caboclos... Caboclos do Jacutá!
Eles giram noite e dia até o dia clarear!
7 com mais 7, com mais 7 vinte e um
Salvamos os 3 setes, todos 3 de um a um.
7 Montanhas gira quando a noite lá chegar,
Seu irmão 7 Lagoas quando o dia clarear,
E ao romper da aurora até a alta madrugada
Gira o Caboclo das 7 Encruzilhadas

Ovelhas abnegadas
Do Rosário de Maria
Salve Sete Encruzilhadas
Salve a Estrela Guia!

Sua aldeia estava em festa...
Sua taba toda iluminada...
Saravá o Rei da Umbanda!
Salve Sete Encruzilhadas!

sexta-feira, outubro 20, 2006

Aniversários e Datas Comemorativas - Novembro

01 - Dia de Todos os Santos

02 - Dia de Finados. Aniversário da Valéria (irmã da Cláudia)

11 - Aniversário da Ana Maria, nossa "Miss Simpatia"!

13 - Aniversário da Maria Helena, nossa OXUM!

15 - 98 ANOS DA FUNDAÇÃO DA UMBANDA PELO CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS

20 - DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA (acima, a foto de Zumbi dos Palmares)

28 - Aniversário da Marisa

Calendário do Mês de Novembro/2006

4as feiras às 19:30h

01, 08, 22 e 29
- Irradiação/Passe/Corrente

4a feira às 15h

15 - GIRA FESTIVA - 10 ANOS DO GUFEC NA SEDE DO CAMPINHO


5a feira às 15h

02
– Prece para os Desencarnados

5as feiras às 19:00h

09, 16, 23 e 30
- Reposição Energética

6ª feira às 19:30h

24
– Gira do sr Zé Pilintra, Exus e Pombogiras

Sábados às 15h

04
- Gira Mensal

11 - Consultas com os Pretos Velhos

18 - Macaia em Engenheiro Pedreira

25 - GIRA FESTIVA - 54º ANIVERSÁRIO DO PRIMADO DE UMBANDA (Rua Espírito Santo, 215 - Praça Seca). Consagração da Tia Alice ao 7º grau - Comandante Chefe de Terreiro - cabeça de Morubixaba.

Domingo às 13h

05 - CHURRASCO BENEFICENTE COM A PRESENÇA DO GRUPO BOÊMIOS DO SAMBA. CONVITES A R$ 7,00. TRAZER 1kg DE ALIMENTO NÃO-PERECÍVEL.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Enfrentando a Morte

O apóstolo Paulo, ao ensinar a imortalidade da alma, reportou-se à morte, perguntando: "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está o teu aguilhão?"

Para os que crêem na transitoriedade da vida física e na perenidade da vida espiritual, a morte é encarada com serenidade.

Recentemente, um companheiro espírita passou pelo doloroso lance da desencarnação de sua esposa. Naturalmente que o coração ficou dolorido. Era a separação física, após multiplicados anos de um matrimônio de muito amor.

Juntos, eles construíram o lar, recebendo os filhos, um após o outro, sempre com renovada ternura. Juntos, observaram os filhos, um a um, formarem seus próprios lares, coroando-lhes a existência com vários netos.

Juntos, choraram as dores dos filhos, resolveram as dificuldades próprias da vida terrena, e se alegraram com as pequenas e grandes conquistas da sua prole. Juntos, comemoraram muitos aniversários, dos filhos, dos netos, do seu casamento, muitos natais de luzes e paz.

Juntos, gozaram férias, foram à praia e ao campo, sempre lado a lado, ano após ano. Agora, ela partira. Mas, apoiado na fé e na certeza da imortalidade, embora com as lágrimas a lhe invadirem os olhos, ele tomou as providências que se faziam necessárias.

O corpo da esposa foi levado para o lar, para as homenagens da família e dos amigos. Tudo simples. O caixão, e nada mais.

Entretanto, à medida que os familiares e amigos iam chegando para o adeus, algo inusitado lhes chamava a atenção, na ampla sala de visitas. Em vez de se deterem frente ao caixão, que estampava a morte, seus olhares eram atraídos para a parede da sala onde estavam afixadas várias fotos de quem se fora. Fotos de sua juventude, fases da maternidade, fotos de alegria e de convivência familiar.

Em meio a elas, escritos e desenhos de crianças. Todos os que ela guardara, com carinho, ao longo dos anos, feitos por seus netos: os primeiros rabiscos, as primeiras letras, os ensaios de gravuras. Um verdadeiro louvor à vida que nunca perece, ao espírito que se fora, cumprida a tarefa.

Na hora de baixar o corpo à sepultura, as netinhas, num coral espontâneo, cantaram uma doce canção para a avó. E filhos e netos soltaram balões coloridos que rapidamente encheram de colorido o céu, numa clara mensagem de liberdade. Por fim, uma salva de palmas ao espírito que, vitorioso, abandonou o casulo da carne, retornando ao mundo espiritual.

Para quem participou, foi emoção pura. Para quem se deteve em observação, uma lição de vida no enfrentamento da morte. Para quem crê, a certeza de que a vida prossegue, e o ser amado se encontra em pé, aguardando os amores que ficaram, até o término da sua própria jornada.

Quase sempre a desencarnação de alguém é considerada infortúnio por aqueles que permanecem ainda na Terra.

Certamente é uma questão grave, mas não desgraça real, exceto para quem não creia na vida verdadeira, que se estende para além da aduana da morte, adentrando pelas largas e iluminadas portas da espiritualidade.

Sabendo-se enfrentar esse fenômeno natural, dele se pode retirar valiosos bens que felicitam a criatura.

(FONTE: Equipe de Redação do Momento Espírita) - Esta mensagem é uma reflexão para o Dia de Finados.

terça-feira, outubro 10, 2006

Halloween / Todos os Santos / Finados

A comemoração do HALLOWEEN, difundida pelos Estados Unidos, teve origem nas celebrações pagãs dos celtas. Eles eram um povo pagão, isto é, que viviam em harmonia com o pagus (campo, natureza). Pagão vem do latim "paganus", que significa "do campo", em oposição ao "urbanus", "da cidade".

Os CELTAS eram um povo (ou grupo de povos) da família língüística indo-européia que se espalhou pela maior parte da Europa a partir do II milênio a.C, tendo maioria populacional no norte da Europa Ocidental até o advento do Império Romano. As tribos célticas ocuparam a maior parte do continente europeu, desde a Península Ibérica até a Anatólia. A maior parte dos celtas foi conquistada, subjugada, e mais tarde integrada pelos Romanos.

Existiam diversos grupos celtas compostos de várias tribos, entre eles os Bretões, os Gauleses, os Escotos, os Eburões, os Batavos, os Belgas, os Gálatas, os Trinovantes, entre outros. Muitos destes grupos deram origem aos nomes das províncias romanas na Europa que mais tarde batizaram alguns dos estados-nações medievais e modernos da Europa.

Os celtas são considerados os introdutores da metalurgia do ferro (Idade do Ferro) na Europa (culturas de Hallstatt e La Tène), bem como das calças na indumentária masculina (embora essas sejam provavelmente originárias das estepes asiáticas). Do ponto de vista da independência política, grupos celtas perpetuaram-se até pelo menos o século XVII na Irlanda, o país em que melhor se preservaram as tradições de origem celta. Outras regiões européias que também se identificam com a cultura celta são o País de Gales (uma entidade subnacional do Reino Unido). A Cornualha (Reino Unido), a Bretanha (França), o norte de Portugal e a Galiza também são regiões onde resquícios das línguas e costumes celtas são encontrados até hoje. A influência cultural celta jamais desapareceu, e tem até mesmo experimentado um ciclo de expansão em sua antiga zona de influência.

A religião celta era politeísta e seus ritos quase sempre realizados ao ar livre. Discute-se ainda hoje se algumas de suas cerimônias envolviam sacrifícios humanos. O calendário anual possuía várias festas místicas, como o Imbolc (ou Oilmec/Oimelc - homenagem à deusa Brigida. É quando a terra está pronta para ser fertilizada e preparada para receber as sementes. Época de festas alegres e comidas leves, se inicia tradicionalmente no dia 2 de fevereiro) e o Belthane (Beltane/Beltaine - Comemorado na noite de 1 de maio, é o festival do deus Bel/Belennus, onde se acendem grandes fogueiras em sua homenagem e comemoram a parte quente do ano que se inicia. É um festival de fertilidade, onde se celebra a passagem da Deusa de Donzela a Mãe), assim como Equinócios e Solstícios.

Com a assimilação por Roma, os deuses celtas perderam suas características originais e passaram a ser identificados com seus correspondentes e similares romanos. Posteriormente, com a ascensão do Cristianismo, a Velha Religião foi sendo gradualmente abandonada, sem nunca ter sido totalmente extinta.

Todavia, o principal movimento neo-pagão moderno, a Wicca, embora contenha alguns elementos celtas não é céltica nem representa a cultura do povo celta. Ela tem sua origem na obra de ocultistas do século XX, como Gerald Brousseau Gardner e Alesteir Crowley.

ORIGEM

A origem do Halloween remete às tradições desse povo que habitou a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C. A história, logo, está bastante distante das abóboras ou da famosa frase Travessuras ou Gostosuras, exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Em sua origem, o Halloween não tinha relação com bruxas.

O
SAMHAIN (pronuncia-se "sou-en"), também chamado de Halloween, Hallowmas, Véspera de Todos os Sagrados, Véspera de Todos os Santos, Festival dos Mortos e Terceiro Festival da Colheita, é o mais importante dos oito Sabbats dos Bruxos. Como Halloween, é um dos mais conhecidos de todos os Sabbats fora da comunidade wiccana e o mais mal-interpretado e temido. Samhain celebra o final do Verão, governado pela Deusa (o nome Samhain significa "Final do Verão").

Samhain é também o antigo Ano Novo celta / druida, o início da estação da cidra, um rito solene e o festival dos mortos. É o momento em que os espíritos dos seres amados e dos amigos já falecidos devem ser honrados. Houve uma época na história em que muitos acreditavam que era a noite em que os mortos retornavam para passear entre os vivos. A noite de Samhain é o momento ideal para fazer contato e receber mensagens do mundo dos espíritos.

Era um festival do calendário celta da Irlanda, que ia de 30 de outubro a 2 de novembro. O fim do verão era o ano-novo dos celtas, uma data sagrada e, nesse período, o véu entre nosso mundo e o mundo dos mortos (ancestrais) e dos deuses (mundo divino) fica mais tênue. Por isso, o Samhain era comemorado por volta do dia 1.º de novembro, com alegria e homenagens aos que já partiram e aos deuses. Para os celtas, os deuses também eram seus ancestrais, os primeiros de toda árvore genealógica.

Entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1.º de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês) que deu origem ao nome atual da festa: Hallow Evening - Hallowe'en - Halloween. A relação da data com as bruxas começou na Idade Média, na Inquisição, quando a Igreja condenava curandeiras e pagãos. Todos eram designados bruxos. Essa distorção se perpetuou e o Halloween, levado aos Estados Unidos pelos irlandeses (povo de etnia e cultura celta) no século 19, ficou conhecido como Dia das Bruxas.

Atualmente, além das práticas de pedir doces e de se fantasiar que se popularizaram inclusive no Brasil, podemos encontrar pessoas que celebram à moda celta, como os praticantes do druidismo (o druida era o sacerdote dos celtas) ou da wicca (bruxaria moderna), também aqui mesmo no Brasil. Um ritual simples para a noite de 31/10 é o de acender uma vela numa janela de casa, em homenagem a seus ancestrais, para que eles te inspirem e protejam.

Muitos grupos se reúnem e meditam em volta de fogueiras para honrar seus mortos e seus deuses, com oferendas como frutas e flores, e terminam a festa compartilhando comida e bebida, música e dança.

Com a cristianização, foram introduzidas pela Igreja Católica Romana “versões” desta festa a fim de reprimir as manifestações pagãs. Essa celebração se dividiu em duas: o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados. O Dia de Todos os Santos surgiu das homenagens aos deuses do Samhain. As entidades pagãs viraram santos católicos. Foi o que aconteceu com a deusa Brighid, que virou Santa Brígida. A Festum omnium sanctorum é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. O segundo festejo, comemorado no dia 2, surgiu para homenagear os ancestrais, os mortos. Desde o século I, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Desde o século XI os papas obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos, observado pela Igreja Católica Apostólica Romana como um dia sagrado de preces pelas almas do purgatório.

Em várias regiões da Inglaterra acredita-se que os fantasmas de todas as pessoas destinadas a morrer naquele ano podem ser vistos andando entre as sepulturas à meia-noite de Samhain. Pensava-se que alguns fantasmas tinham natureza má e, para proteção, faziam-se lanternas de abóboras com faces horrendas e iluminadas, que eram carregadas como lanternas para afastar os espíritos malévolos. Na Escócia, as tradicionais lanternas Hallows eram esculpidas em nabos.

Um antigo costume de Samhain na Bélgica era o preparo de "Bolos para os Mortos" especiais (bolos ou bolinhos brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam. Outro antigo costume de Samhain era acender um fogo no forno de casa, que deveria queimar continuamente até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos morros em honra aos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes.

Era no Samhain que os druidas marcavam o seu gado e acasalavam as ovelhas para a Primavera seguinte. O excesso da criação era sacrificado às deidades da fertilidade, e queimavam-se efígies de vime de pessoas e cavalos, como oferendas sacrificiais. Diz-se que acender uma vela de cor laranja à meia-noite no Samhain e deixá-la queimar até o nascer do sol traz boa sorte; entretanto, de acordo com uma lenda antiga, a má sorte cairá sobre todo aquele que fizer pão nesse dia ou viajar após o pôr-do-sol.

As artes divinatórias, como a observação de bola de cristal e o jogo de runas, na noite mágica de Samhain, são tradições wiccanas, assim como ficar diante de um espelho e fazer um pedido secreto.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Samhain são maçãs, tortas de abóbora, avelãs, Bolos para os Mortos, milho, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.

OBJETOS RITUALÍSTICOS

Incensos: maçã, heliotropo, menta, noz-moscada e sálvia.

Cores das velas: preta, laranja.

Pedras preciosas sagradas: todas as pedras negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.

Ervas e frutas tradicionais: bolotas e folhas de carvalho, giesta, maçãs, beladona, dictamo, fetos, linho, fumária, urze, verbasco, abóboras, sálvia e palha.

Quantos filhos sua casa têm?

Um dia um jornalista ao entrevistar uma Mãe de santo, perguntou:

“Quantos filhos sua casa têm?”

A senhora não lhe respondeu como ele esperava, disse que ele deveria acompanhar as atividades do terreiro na próxima semana que ele teria a resposta.

E assim foi no sábado pouco antes de se iniciarem os trabalhos. Lá estava ele sentado na assistência observando tudo. Viu que havia mais ou menos 40 médiuns. Quase todos estavam na corrente, prontos para a gira, e aproveitavam estes momentos que antecediam o início dos trabalhos para mostrarem uns aos outros suas roupas novas, ou pra colocar algum assunto em dia.

Mas notou também que um grupo de cinco médiuns estava em plena atividade arrumando as coisas para o inicio dos trabalhos.

O trabalho foi muito bonito e alegre, quando terminou viu que a grande maioria dos médiuns se apressa em se retirar, uns por que queriam chegar logo em casa, outros por terem algum compromisso. Notou mais uma vez que aqueles mesmos cinco médiuns que antes do início arrumavam as coisas, agora eram os que começavam a limpar e organizar o terreiro depois dos trabalhos.

Na segunda feira haveria um momento de estudos no terreiro e ele foi convidado. Ao chegar ao local, chovia muito e viu que menos da metade da corrente se fazia presente, novamente notou que aqueles cinco estavam lá.

Na quinta-feira haveria um trabalho na linha do Oriente, e também passaria na TV um jogo da seleção, novamente bem menos da metade da corrente compareceu, mas aqueles cinco estavam entre eles.

No sábado novamente estava sentado na assistência e novamente repetiu-se o que havia acontecido na semana anterior, os cinco médiuns fazendo os últimos preparativos para o inicio dos trabalhos, e também começaram a limpeza assim que estes se encerraram, e foi no término dos trabalhos que foi chamado pela Mãe de Santo, que lhe perguntou:

“Você conseguiu descobrir quantos filhos têm em nossa casa?”

“Contei 43, minha mãe” - respondeu.

“Não, filhos verdadeiros, tenho cinco. São aqueles que estavam presentes em todas as atividades da casa.”

“E os outros?”

“Os outros são como se fossem 'sobrinhos' de quem gosto muito e que também gostam da casa, mas só visitam a 'tia' se não houver nenhum atrapalho ou programa "melhor", e mesmo vindo muitas vezes ficam contando os minutos para acabar os trabalhos”.

O rapaz muito sério perguntou:

“E por que a senhora não impõe regras para mudar isto?”

“Meu filho, a Umbanda não pode ser imposta a ninguém, tem de ser praticada com entrega, o amor à religião não pode ser uma obrigação, ele deve nascer no coração de cada um, e o mais importante a Umbanda respeita o livre-arbítrio de todos os seres...”

“E nós, somos 'filhos' ou 'sobrinhos' de Umbanda?”

“Somos Umbandistas em todos os momentos de nossa vida, ou somos Umbandistas somente uma vez por semana durante os trabalhos no terreiro.”

quarta-feira, setembro 27, 2006

Resguarda-te na Serenidade - Joanna de Ângelis

Necessitas de serenidade a cada passo.
Serenidade para discernir, atuar e viver.

A vida é galopante

e muda os seus cenários a cada minuto,
exigindo permanente serenidade

a fim de não esmagar as pessoas.

Quem se aflija e tente seguir

a velocidade ciclópica destes dias, arrebenta-se,
porque sai de uma para outra situação com muita rapidez,
sem mesmo ter tempo para adaptação na fase anterior.

As notícias chegam e os acontecimentos passam,
produzindo imenso desgaste emocional, mental e físico.

Resguarda-te na serenidade,
preservando os equipamentos da tua existência,
que estão programados para o uso adequado
e não para o abuso.

terça-feira, setembro 26, 2006

Prece...

JESUS...

Dá-nos coragem para a luta

Piedade para os insultos

E misericórdia para as injustiças e ingratidões.

Limpa nossa alma da inveja

E ambições mesquinhas de ódio

e de vingança do nosso caminho.

E que dentro em pouco ao recolhermos de novo

ao calor do nosso leito

Para que o sono nos dê a paz

e o esquecimento das tristezas humanas

Possamos sentir, Senhor,

No mais íntimo do nosso ser,

A doçura indefinível do teu amor

E a grandeza incomparável

da tua Presença Divina.

QUE ASSIM SEJA!

Aniversários e Datas Comemorativas - Outubro

04 - Dia de São Francisco de Assis

12 - Dia de Nossa Senhora Aparecida (padroeira do Brasil e dos ciganos brasileiros; Oxum em SP)

17 - Aniversário do Richard

21 - Aniversário do Miguel, nosso "médium-mirim"

25 - Dia de São Crispim e São Crispiniano (Ibeijada na linha de Oxóssi)

27 - Aniversário da CCT Solange, tia Clisa e Flávia

28 - Dia de São Judas Tadeu (Xangô do Oriente)

30 - Aniversário da Benedita e da Camila

Calendário do Mês de Outubro/2006

4as feiras às 19:30h

04, 11, 18 e 25
- Irradiação/Passe/Corrente

5as feiras às 19:00h

05, 19 e 26
- Reposição Energética

3as feiras às 19:30h (excepcionalmente)

10 e 31
- Reposição Energética

Sábados às 15h

07
- Gira Mensal

14 - Consulta com Pretos Velhos

21 - Gira Mensal em Inhoaíba

28 - Gira do Sr Zé Pilintra, Exus e Pombogiras

Domingo às 15h

08
- Curso de Doutrina Umbandista

quinta-feira, agosto 24, 2006

Aniversários e Datas Comemorativas - Setembro

04 - Aniversário da Helimar

10 - Aniversário da Sônia


13 - Aniversário da Janaína

26 - Dia de São Cosme e São Damião (Ibeiji)

29 - Dia de São Miguel Arcanjo, Rei da Umbanda (Logun-Edé)

30 - Dia de São Jerônimo (Xangô)

Calendário do mês de Setembro/2006

4as feiras às 19:30

06,13,20 e 27
- Irradiação / Passe / Corrente

5as feiras às 19h

07,14,21 e 28
- Reposição Energética

Sábados às 15h

02
- Gira Mensal

09 – Consultas com os Pretos Velhos

16 - Gira do Sr. Zé Pilintra, Exus e Pombogiras

23 - Festa de Ibeijada

30 - Festa de Ibeijada em Inhoaíba

Domingo às 13h

10
- Churrasco Beneficente. Presença de personalidades da Portela. Batismo do Grupo Boêmios do Samba. Convites à R$ 7,00.

domingo, agosto 06, 2006

Objetivo da Encarnação

132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?

“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.” A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, porém, na sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar dele. Deste modo, por uma admirável lei da Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.”

133. Têm necessidade de encarnação os Espíritos que, desde o princípio, seguiram o caminho do bem?

“Todos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer felizes a uns, sem fadigas e trabalhos, conseguintemente sem mérito.”

a) — Mas, então, de que serve aos Espíritos terem seguido o caminho do bem, se isso não os isenta dos sofrimentos da vida corporal?

“Chegam mais depressa ao fim. Demais, as aflições da vida são muitas vezes a conseqüência da imperfeição do Espírito. Quanto menos imperfeições, tanto menos tormentos. Aquele que não é invejoso, nem ciumento, nem avaro, nem ambicioso, não sofrerá as torturas que se originam desses defeitos.”

(FONTE: KARDEC, Allan - "O Livro dos Espíritos" - Parte Segunda - Capítulo II)

segunda-feira, julho 31, 2006

Aniversários e Datas Comemorativas - Agosto


03 - Aniversário da Joana D'arc

15 - Dia de Nossa Senhora da Glória (Yemanjá no RJ)

16 - Dia de São Roque (Obaluayê)

24 - Dia de São Bartolomeu (Oxumarê)

sexta-feira, julho 28, 2006

Calendário do mês de Agosto/2006

4as feiras às 19:30h

02, 09, 16, 23, 30
- Irradiação / Passe / Corrente

Sábados às 15h

05
- Gira Mensal

12 – Consultas com os Pretos Velhos

19 - Gira Mensal em Inhoaíba

26 - Gira do sr Zé Pilintra, Exus e Pombogiras

Domingo às 15h

06
- Avaliação do Curso de Doutrina Umbandista

sexta-feira, julho 21, 2006

A Viagem...

Hoje, de algum lugar longe dessas terras
Há um doce olhar só pra você
Um olhar especial
De alguém especial, de distantes origens
Um olhar de um justo coração que pulsa só a vida
Que sorri porque ama plenamente
Sem julgamentos, preconceitos nem prisões
Hoje, como ontem, longe desses céus
Há um encantador olhar só pra você
Nesse olhar vai para você a magia da luz
A simplicidade do perdão
A força para comungar com a vida
A esperança de dias mais radiantes de paz
Hoje, de algum lugar dentro de você,
Alguém que já o amou muito e ainda o ama
Diz para você que valeu a pena ter estado nessas terras...
Sob estes céus...
Falando de união, paz, amor e perdão
Poder sentir a força que faz você sorrir
E continuar o caminho
Que um dia aquele doce olhar iniciou pra você
Tudo isso, só para você saber que
A VIDA CONTINUA...
E A MORTE É APENAS UMA VIAGEM.

quinta-feira, julho 20, 2006

13 de Agosto - Dia dos Pais

PATERNIDADE RESPONSÁVEL

- Quanto você ganha, papai?

Essa foi a pergunta que o filho de sete anos fez ao seu pai, homem de negócios com quem ele pouco convivia. Tragado pelos compromissos profissionais do dia-a-dia, quando chegava em casa era facilmente vencido pelo cansaço, e não sobrava tempo nem para um breve diálogo com o pequeno.

Os dias passavam, os meses se somavam e os anos se sucediam. Na vida daquele homem de negócios, a rotina era sempre a mesma. Chegar em casa exaurido, assistir o último telejornal e entregar-se ao repouso.

No dia seguinte as cenas se repetiam. O tempo passava tão rápido que ele nem cogitava de como estava crescendo seu menino. Não sabia quem eram seus professores, não conhecia os seus amigos, não sabia se o filho tinha alguma dificuldade na escola. Se era feliz ou não. Afinal, pensava, um empresário não pode perder tempo com coisas pequenas.

Numa noite, igual a tantas outras que já haviam passado, o homem de negócios foi abordado pelo filho com uma pergunta inesperada:

- Quanto você ganha, papai?

O pai imediatamente respondeu, como de costume, que já estava tarde e que não havia tempo para conversas.

O filho insistiu: "eu só quero saber quanto é que você ganha por hora, papai. Pode me responder, por favor?".

O pai, vencido pela insistência do garoto, respondeu sem pensar muito: "ganho dez reais por hora, agora vá para a cama".

O filho obedeceu e o pai foi tomar seu banho. Embaixo do chuveiro o industrial ficou pensando o porque daquela pergunta. "Será que o menino estava precisando de dinheiro?". Após o banho dirigiu-se ao quarto do filho, que ainda estava acordado, e lhe perguntou: "Filho, por acaso você está precisando de dinheiro?".

- Sim, papai. Na verdade preciso só de três reais.

- Ora, não seja por isso filho. Por que não falou antes?

Tirou o dinheiro do bolso e o entregou ao filho. O garotinho pegou as cédulas e, rapidamente, retirou algumas notas que estavam embaixo do travesseiro e juntou às demais dizendo:

- Agora já tenho o suficiente para comprar uma hora do seu tempo, papai. Já há algum tempo venho guardando esse dinheiro para poder pagar o seu tempo que é muito precioso, como o senhor mesmo diz. Tome os dez reais e converse comigo por uma hora. Uma hora inteirinha só para nós dois.

O pai sentiu como se uma lança incandescente lhe perfurasse a alma. Deu-se conta de como havia sido egoísta e displicente na sua posição de pai. Triunfara nos negócios e negligenciara na missão da paternidade.

É tempo de refletir em torno de como tem sido o nosso desempenho junto às almas que Deus nos confiou. Infelizmente ainda há muitos filhos órfãos de pais vivos. Infelizmente ainda há muitos pais que não se deram conta da grandeza da missão que é a paternidade. A paternidade responsável é missão grandiosa que não comporta demissão. Ser pai é estar atento todos os dias do ano, todos os dias da existência.

(FONTE: MOMENTO ESPÍRITA, com base em história de autoria desconhecida.)

quarta-feira, julho 19, 2006

Hino dos Orixás

Penso no dia que logo vai nascer
E o meu peito se enche de emoção
A esperança invade o meu ser
Eu sou feliz e gosto de viver

Pela beleza dos raios da manhã
Eu te saúdo Mamãe Iansã
Pela grandeza das ondas do mar
Me abençoe Mamãe Iemanjá

A mata virgem tem seu semeador
Ele é Oxóssi, Okê Okê Arô
Na cachoeira eu vou me refazer
Nas águas claras de Oxum Aieiêu

Se a injustiça faz guerra de poder
Valha a espada de Ogum Ogunhê
Não há doença que venha me vencer
Sou protegido de Obaluayê

Eu sou de paz mas sou um lutador
A minha Lei quem dita é Xangô
A alegria já tem inspiração
Na inocência de Cosme e Damião

Não tenho medo, vou ter medo de quê?
Tenho ao meu lado Nanã Buruquê
E essa Luz que vem de Oxalá
Tenho certeza vai me iluminar!

segunda-feira, julho 17, 2006

Yemanjá - Oxum - Sereias - Nereidas - Ondinas - Iaras - Umbanda

YEMANJÁ - Yà-omo-ejà (mãe cujos filhos são peixes). Filha do deus do mar Olokum (em algumas culturas, Olokum é um orixá feminino), Yemanjá encontra-se no curso dos rios e quando chega à foz, estaria encontrando com seu pai. A saudação “Odoyá” significa Odo – rio / Yá – mãe. Algumas de suas qualidades são Ogunté (esposa de Ogun Alagbede), Sesu (esposa de Orunmilá), Sobà (mensageira de Olokum), Iamassê (mãe de Xangô). É mãe da maioria dos Orixás e de todas as cabeças. No Brasil, é cultuada com a Rainha dos Mares, sendo um dos orixás mais populares. Há um itàn (lenda) que descreve como se originou os oceanos. Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e quis tomá-la à força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente Iemanjá resistiu à violência do filho que, na luta, dilacerou os seios da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu "caiu no mundo", desaparecendo no horizonte. Caída ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokum e ao criador Olorum. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como as lágrimas, foi saindo dando origem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros na corte.

OXUM - seu nome deriva do rio Osun, que corre na região nigeriana de Ijexá. Os iorubás acreditam haver 16 qualidades de Oxum que se relacionam cada qual a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos, enquanto as mais jovens respondem pelos mais rasos. Divindade das águas doces, é a padroeira da gestação e da fecundidade. Deusa do amor, da prosperidade e da beleza, em sua qualidade Ipondá é a mãe de Logunedé. É chamada de Senhora do Ouro.

SEREIAS - figuras míticas da tradição grega, descritas como "terríveis criaturas com cabeças e vozes de mulheres, mas com corpos de pássaros, que existiam com o propósito de atrair marinheiros para as rochas de sua ilha com doces canções". Elas figuram uma das mais célebres obras da literatura universal, a Odisséia de Homero, que relata a aventura do herói grego Ulisses em sua viagem de volta para casa após a guerra de Tróia. Estas deidades, que habitavam rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália, tiveram suas imagens corrompidas através dos tempos e da oralidade, chegando ao termo atualmente conhecido de "metade-mulher, metade-peixe". E as figuras com cabeça de mulher e corpo de pássaro se consolidaram com a denominação de “Hárpias”, e são citadas no poema épico Eneida de Virgílio.

NEREIDAS – cinqüenta ninfas marinhas gregas, filhas do deus Nereu, este filho do Oceano, todos deuses do mar que antecederam o reinado de Posseidon (Netuno romano). Chamam-se Deuses Titânicos, ou seja, são os mais primitivos, antecessores dos deuses Olímpicos, que eram comandados por Zeus (Júpiter romano). As nereidas salvavam os náufragos, ao contrário das sereias, que os atraíam para a morte.

ONDINAS – são as nove filhas dos temíveis deuses marinhos nórdicos (vikings) Aegir e Ran. Os marinheiros ofereciam sacrifícios a essas divindades a fim de apaziguá-las, para poderem velejar sem contratempos.

IARA – figura folclórica brasileira, habitante dos rios, onde vive a banhar-se entoando melodia irresistível que encanta os homens e os atrai para o fundo dos rios. É temida pelos índios.

O que toda esta referência mitológica tem a ver com a Umbanda? Sabemos que a Umbanda “acomoda” várias manifestações religiosas sob sua nomenclatura. Não absorvemos completamente os conceitos primitivos do culto afro, apenas temos as referências dos Orixás como elementos da Natureza e sob tais irradiações organizam-se falanges, legiões de espíritos afins a tais vibrações. Yemanjá comanda a linha do Povo d’Água, de limpeza e descarrego, onde Nanã e Oxum também regem. Para tornarem mais fácil a nossa compreensão, as entidades tomam para si os nomes de Sereias, Nereidas, Ondinas e Iaras para que possamos alcançar dentro de nosso entendimento a qual vibração pertencem, qual tipo de trabalho exercem. Janaína, Inaê, Guiomar entre outras, de modo algum são qualidades de orixá; tratam-se de eguns (espíritos desencarnados) que têm a mesma sintonia e se aglutinam sob o mesmo propósito.

Estas deidades mitológicas são obras da imaginação do homem, que humaniza a divindade para poder compreendê-la, dentro de seus parâmetros. Sabemos que como médiuns, captamos a influência de espíritos que como nós também foram humanos quando encarnados. Portanto, a impossibilidade de um ser humano ter cauda de peixe obriga-nos a observar com atenção às “incorporações” destas entidades, onde os médiuns ficam ao chão “batendo pernas”, se arrastando ou rolando. Doutrina mediúnica é importante neste momento. A maioria dos médiuns é consciente, e de um modo geral, a sua vontade prevalece ao lado da vibração da entidade. Cabe aos médiuns mais experientes “moldarem” os iniciantes, para que estes tipos de manifestações bizarras não se tornem um vício.